O homem suspeito do ataque que nesta terça-feira matou duas mulheres em Lisboa terá cerca de 35 anos. De nacionalidade afegã, o suspeito será refugiado e viúvo, tendo chegado a Portugal, vindo da Grécia, há pouco mais de um ano com três filhos menores. Vive na zona de Odivelas.
De acordo com uma testemunha que estava no Centro Ismailita no momento do ataque, em declarações ao PÚBLICO, foi dentro de uma sala de aula, onde o suspeito estava a assistir a uma aula de Português, que a agressão começou. O homem, que se deslocava com regularidade ao centro, atacou o professor que estava a leccionar a aula. Quem estava noutras salas, apercebendo-se do que estava a acontecer, saiu. Uma dessas pessoas confrontou o agressor e conseguiu travar o esfaqueamento.
Ainda de acordo com a mesma testemunha, o suspeito fugiu daquele local e foi para a área social do edifício, tendo atacado duas funcionárias do centro, que acabaram por morrer. Um das vítimas, com 49 anos, seria gestora do processo de integração de refugiados em Portugal.
Segundo comunicado da PSP, o suspeito dirigiu-se aos agentes da autoridade com a arma branca na mão. Depois de te rejeitado o pedido para que parasse, os agentes dispararam conta o agressor, tendo-o atingido a tiro. O agressor foi transportado para o Hospital de São José, em Lisboa, onde está a ser tratado.
Segundo o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o suspeito era um cidadão com uma vida “bastante tranquila” e “não tinha qualquer sinalização que justificasse cuidados de segurança”. O governante confirmou que o homem, ainda “jovem”, tem três filhos menores, de 9, 7 e 4 anos, e perdeu a mulher na Grécia.
“A comunidade muçulmana ismailita está já a prestar todo o apoio aos familiares das vítimas, a quem apresenta as mais profundas condolências”, acrescentou o responsável do centro, em comunicado enviado à agência Lusa.
Fonte; Publico.pt